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Influencer evangélico acusado de estuprar mulheres deixa prisão

O líder religioso foi detido após algumas seguidoras o acusarem de crimes sexuais

influencer evangélico Victor de Paula Gonçalves, popularmente conhecido como Victor Bonato e acusado de estuprar três mulheres, deixou a prisão nesta quinta-feira (16), após determinação da Justiça.

Victor Bonato ficou detido por quase 60 dias após ser acusado de crimes sexuais por três mulheres, em Barueri, na Grande São Paulo.

A 2ª Vara Criminal de Barueri rejeitou o pedido para que a prisão temporária de Victor Bonato fosse convertida em preventiva. A Justiça também determinou a expedição do alvará de soltura, mas acatou parte da denúncia para que o réu responda por crimes sexuais.

Em sua decisão, o juiz Fabio Calheiros do Nascimento afirmou que, diante dos relatos das três mulheres, há detalhes “que não se mostram consistentes para sustentar um processo judicial, mesmo depois de concluída a investigação”.

O magistrado também cita dúvida sobre o não consentimento dos atos sexuais relatado por uma das vítimas.

Além disso, o juiz entendeu que diversos pontos da investigação “deveriam ter sido apurados mais detalhadamente para que se pudesse criar um processo criminal contra o acusado”.

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No entanto, em sua decisão, o juiz proibiu Victor Bonato de se aproximar das três mulheres a menos de 200 metros, de manter contato com elas e com os familiares delas por qualquer meio.

O influencer evangélico também está proibido de deixar o país e deverá permanecer em casa durante a noite e em dias de folga. Caso descumpra as determinações, ele será preso novamente.


Entenda o caso Victor Bonato 

influenciador evangélico Victor de Paula Gonçalves, mais conhecido como Victor Bonato e fundador do “Galpão”, uma organização religiosa voltada para jovens em Alphaville, na Grande São Paulo, foi preso no final de setembro sob a acusação de estuprocontra três mulheres que frequentavam o local. A notícia da prisão do líder religioso veio à tona por meio de uma reportagem do site Metrópoles, que teve acesso ao inquérito policial, e foi publicada neste sábado (7).

A Polícia Civil de São Paulo e o Ministério Público solicitaram a prisão de Bonato devido ao risco de fuga do influenciador. As três vítimas, duas estudantes de 19 e 20 anos e uma empresária de 25, denunciaram o líder religioso à Delegacia da Mulher de Barueri, onde prestaram depoimentos alegando que ele usava de sua influência religiosa para abusar sexualmente delas. Bonato nega veementemente as acusações.

O inquérito policial aponta que os estupros teriam ocorrido entre janeiro e setembro deste ano, em diferentes locais, inclusive na residência do fundador do “Galpão”. O juiz Fabio Calheiros do Nascimento, da 2ª Vara Criminal de Barueri, aceitou a denúncia do Ministério Público e determinou a prisão do líder evangélico. Ele detalhou as denúncias das vítimas em sua decisão, afirmando que Bonato empregava violência para cometer os estupros, obrigando as mulheres a praticar sexo oral nele.

Todas as três vítimas relataram terem sido persuadidas a aceitar atos libidinosos ou conjunção carnal, influenciadas pela autoridade religiosa de Bonato como um dos líderes do grupo e também pela sua agressividade, escreveu Nascimento em sua decisão.

“Cometi alguns pecados”

Em 19 de setembro, poucos dias antes da decretação de sua prisão, Victor Bonato divulgou um vídeo em seu Instagram no qual admitiu ter cometido “alguns pecados”.

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“Eu cometi alguns pecados, eu caí em imoralidade, iniquidade, eu fui contrário a tudo que eu prego”, disse.

Assista:

Em nota, a advogada Samara Batista Santos, que representa Bonato, afirmou que o influenciador nega veementemente as alegações contra ele. A defensora também informou que o investigado emitiu um pedido de perdão nas redes sociais por seu comportamento considerado pecaminoso, sem estar ciente das acusações judiciais em processo de investigação pelas autoridades competentes.

Ataques a Lula

Nas redes sociais, Victor Bonato costumava fazer publicações não apenas de cunho religioso, mas também de caráter político, incluindo ataques à esquerda. Em uma dessas publicações, por exemplo, ele chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “bandido” e criticou as pessoas que votaram no petista.

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