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MP-MA deve ouvir envolvidos no caso do Outback em que funcionário que se ajoelhou para atender cliente

Após repercussão do caso, o Outback Brasil informou que extinguiu a prática do atendimento ‘de joelhos’.

SÃO LUÍS – O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) informou, nesta quarta-feira (22), que vai ouvir as pessoas envolvidas no caso de um funcionário do Outback que estava atendendo clientes de joelhos em uma unidade da loja em São Luís. Após a repercussão do caso nas redes sociais, a empresa informou que extinguiu a prática.

Segundo o MPT, o caso foi distribuído ao procurador do trabalho, Maurel Mamede Selares, que vai ouvir os envolvidos para obter mais informações. A partir desta etapa, chamada de preparatório, o MPT vai definir se irá ou não abrir inquérito para investigar ou arquivar o caso.

O caso começou a viralizar após uma cliente denunciar nas redes sociais o atendimento na unidade do Outback em São Luís, em 16 de março. A partir da repercussão, o Ministério Público do Trabalho informou que recebeu a denúncia na segunda-feira (20) e o Outback informou que a orientação para os ‘agachamentos’ foi encerrada no domingo (19).

Entenda o caso

A advogada Beatriz Salgado denunciou o caso nas redes sociais após ter sido atendida, de joelhos, por funcionários da unidade em São Luís. A advogada conta ainda que chegou a pedir para a funcionária não a atender de joelhos. Entretanto, a mulher respondeu que não poderia, já que se tratava de norma da empresa, que determinava que os funcionários tinham que ficar no “mesmo patamar” dos clientes durante os atendimentos.

“Não foi a minha primeira vez no Outback. Já tinha ido em outros estabelecimentos pelo Brasil e não tinha visto antes, por isso a minha estranheza. Depois que perguntei a funcionária o porquê daquilo até pensei que fosse um modo de xenofobia. E isso me deixou ainda mais chateada. Todos os outros funcionários estavam com comportamento semelhante perto da minha mesa”, explicou Beatriz Salgado.

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Após o episódio, ela fez um vídeo relatando o caso e contou que chegou a receber relatos de funcionários e de outros clientes, inclusive, com fotos, de atendentes ajoelhados. “Várias pessoas me procuraram depois que fiz a denúncia, inclusive com fotos. Além disso, outros funcionários me mandaram relatos de que tiverem seus joelhos bem machucados”, disse.

Pronunciamento

Em nota, o Outback Brasil informou que a prática era opcional e que jamais obrigou nenhum funcionário a se ajoelhar durante os atendimentos, mas que a prática foi extinta. “A prática que foi revista foi de Eye Level (abaixar ou sentar-se à mesa com o cliente para garantir contato visual) e mudamos isso para justamente tentar evitar ruídos.”, disse a empresa em comunicado.

O Outback Brasil informou que extinguiu um processo que era opcional entre os funcionários e que jamais obrigou nenhum funcionário a se ajoelhar durante os atendimentos. Ainda na nota, a empresa disse que a franquia de São Luís recebeu orientação após o episódio e que todos os restaurantes do país foram orientados a não realizar tal prática.

Veja a nota do Outback Brasil na íntegra: 

“Nós, do Outback Steakhouse, afirmamos veementemente que nunca obrigamos que nossos colaboradores ficassem de joelhos no atendimento aos nossos clientes. A prática de o atendente olhar os clientes na altura dos olhos abaixando-se ou sentando-se junto deles à mesa sempre foi uma ação opcional que ficou muito conhecida no passado como uma frente de receptividade durante o atendimento. O Outback é reconhecido pela proximidade e casualidade e entendemos que a evolução cultural é positiva, por isso, informamos que o processo que atualmente é opcional, passa a ser extinto em todas as nossas 141 unidades pelo Brasil.

Todos os restaurantes serão orientados a não utilizá-la mais. A recém-inaugurada unidade do Outback em São Luís do Maranhão também receberá a orientação em relação ao procedimento operacional. Aproveitamos para reforçar que continuamos a oferecer sempre uma boa e calorosa recepção aos nossos clientes, e reforçamos também que estamos pautados pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e os nossos restaurantes estão em plena conformidade com as normas de segurança do trabalho e segurança ocupacional, o que garante um ambiente seguro e sem risco às nossas pessoas. Temos compromisso e seriedade na relação com nossos colaboradores e clientes, e reiteramos que esse é um dos pilares inegociáveis da nossa atuação”, disse a empresa.

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Imirante 

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