SÃO LUÍS – O preço da gasolina subiu mais do que a média nacional na capital do Maranhão, São Luís, a após a volta da cobrança parcial dos impostos federais PIS e Cofins determinada pelo governo federal.
A medida passou a valer a partir de 1º de março, num esforço do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de manter a arrecadação de R$ 28,88 bilhões prevista até o fim do ano.
Na capital maranhense, contudo, esse aumento superou os 10%. Antes da volta da cobrança dos impostos federais, o combustível era comercializado em vários postos da cidade pelo valor de R$ 4,79. Agora, chega a R$ 5,39 na maior parte deles. Alta de 60 centavos por litro, ou 12,52% em média.
Na semana passada, ao discursar na abertura da 29ª Reunião Ordinária da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão comandado pelo ex-deputado Wadih Damous (PT) e vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro Flávio Dino (PSB) declarou que o debate sobre a composição de preços dos combustíveis no Brasil é “emergencial”.
Na ocasião, o socialista afirmou que, em momentos como este, há a ação de “oportunistas”, “desvairados” e “gananciosos” e que é preciso a ação do Estado para evitar um “vale tudo” e frear práticas consideradas “abusivas”.
“Nós temos temas estratégicos que nós temos todo o interesse de fortalecer o diálogo com as senhoras e os senhores. Alguns são essas contingências da vida, mas que têm uma dimensão estratégica, me refiro ao tema dos combustíveis, porque a cada mudança que há de parâmetros de organização do mercado há a ação de oportunistas, há ação de desvairados, há a ação de gananciosos, e é preciso fazer com que a lei se oponha exatamente ao vale tudo. Então, a Senacon, e, tenho certeza, todos or órgãos que integram o Sistema Nacional do Consumidor, estão motivados a fazer com que essas naturais oscilações que correm no mercado não sejam abusivas”, afirmou.
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