“Ninguém aceita mais este voto que está aí, como vai falar que é preciso, é legal, é justo e não é fraudado? Única republiqueta do mundo, acho que talvez a única, é a nossa que aceita essa porcaria desse voto eletrônico, isso tem que ser mudado”, disse.
“E digo mais, se o Parlamento brasileiro, por maioria qualificada, em três quintos na Câmara e no Senado, aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Não vou nem falar mais nada. Vai ter voto impresso, porque se não tiver voto impresso, sinal de que não vai ter a eleição. Acho que o recado está dado”, ameaçou.
Bolsonaro disse que os defensores da democracia, que querem que o voto “valha de verdade”, têm de ser favoráveis a adotar a medida para tornar o voto auditável. Ele parabenizou a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por darem prosseguimento à tramitação de uma proposta de emenda à Constituição nesse sentido.
Sem ter apresentado provas, o presidente tem dito que as eleições de 2018 –realizadas no sistema de voto eletrônico– foram fraudadas e que não fosse isso teria vencido ainda no primeiro turno.
Desde então, Bolsonaro tem feito a defesa da adoção de um voto eletrônico em que posteriormente haja um comprovante impresso para que seja auditável, mesmo diante do fato de o Brasil ter um dos sistemas de votação mais seguros do mundo, conforme especialistas.
O presidente insinuou que os contrários à adoção do voto impresso poderiam estar com medo do resultado da votação, ironizando que podem acreditar em “Papai Noel” ou que teriam interesse em se beneficiar com o resultado.
Fonte:R7