Um grave caso de violência contra a mulher chocou São Luís após a final da Copa Libertadores, no sábado, 29 de novembro. A jovem Thays Rodrigues foi brutalmente agredida pelo ex-companheiro, Juarez Victor, que teria vindo de Marabá (PA) até a capital maranhense inconformado com o fim do relacionamento.
Segundo apuração, Juarez foi até o apartamento onde Thays estava, no bairro Angelim, e passou a insultá-la e agredi-la fisicamente, chegando a arremessar o celular da vítima. Em desespero, Thays tentou fugir das agressões e correu em direção à Avenida Jerônimo de Albuquerque, onde acabou sendo atropelada por um Fiat Uno Vivace, conduzido por um homem ainda não identificado.
Uma testemunha presencial relatou que o atropelamento foi consequência direta da violência sofrida momentos antes. “Ela tentava se afastar do agressor e recuperar o celular quando correu para a via e foi atingida pelo carro. Não foi um simples acidente”, afirmou.
Após o atropelamento, um morador do condomínio prestou os primeiros socorros até a chegada do atendimento médico. Thays foi levada em estado gravíssimo ao Hospital Socorrão I, onde permanece internada em coma. A vítima sofreu hemorragia intracraniana, fratura exposta na perna, passou por cirurgia de emergência e por uma traqueostomia. Seu estado de saúde é considerado grave.
Enquanto Thays luta pela vida, o suspeito segue em liberdade. O caso gerou ainda mais indignação após a divulgação de um vídeo em que um familiar do agressor alega que ele teria transtornos mentais. Especialistas e defensores dos direitos das mulheres alertam que nenhuma condição pode servir de justificativa para a violência, tampouco para a impunidade.
O episódio reacende o alerta sobre a urgência de investigação rigorosa, responsabilização dos envolvidos e ações efetivas de proteção às mulheres. O que aconteceu com Thays não foi uma fatalidade, mas o resultado extremo de uma violência que precisa ser combatida com seriedade e justiça. Justiça por Thays.
Fonte: Blog do Domingos Costa
