ZÉ DOCA – Foi assassinado, no fim da tarde desta sexta-feira (14), o empresário Josival Cavalcante da Silva, conhecido como “Pacovan”, que já tinha condenação por crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa no Maranhão.
O homicídio foi confirmado pelo delegado-geral da Polícia Civil do Maranhão, Jair Paiva.
O empresário, considerado um dos maiores agiotas do estado, foi morto com cerca de 10 tiros, por volta das 17h, dentro da conveniência de um posto combustível de propriedade dele, na cidade de Zé Doca, a cerca de 315 km de São Luís. O crime foi registrado por câmeras de segurança do estabelecimento comercial (veja o momento do homicídio, no vídeo acima).
Nas imagens, é possível ver que dois homens chegam ao posto em um veículo Siena preto e já descem do carro com armas de fogo nas mãos. Um deles se aproxima do empresário e atira várias vezes contra Pacovan. Já o outro envolvido, olha a vítima no chão, aponta a arma, mas em seguida volta para o carro e os dois homens fogem.
Na hora dos tiros, além de Pacovan, o motorista dele, que não teve o nome divulgado, também foi baleado. Os homens foram socorridos e levados para o Hospital de Zé Doca, porém o empresário chegou ao local sem vida. Já o motorista dele está internado e ainda não há informações sobre o estado de saúde dele.
Após o crime, o veículo usado pelos assassinos foi encontrado em chamas em uma estrada vicinal do município (veja o vídeo abaixo).
A Polícia Civil do Maranhão está investigando o crime, que tem características de execução.
Até o momento não há informações sobre autoria e motivação do crime.
Quem é Pacovan
O empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como “Pacovan”, é conhecido no Maranhão por seu envolvimento em diversos crimes, como lavagem de dinheiro, agiotagem e organização criminosa.
Pacovan se tornou conhecido durante as investigações do assassinato do jornalista Décio Sá, executado a tiros em São Luís, em abril de 2012. Após a morte do jornalista, foi descoberto um esquema de agiotagem praticado em mais de 40 prefeituras do Maranhão, com participação direta e indireta de vários gestores municipais, agiotas, policias, blogueiros e jornalistas. Pacovan foi apontado como um dos integrantes do esquema e chegou a ser preso, mas acabou sendo posto em liberdade.
Segundo as investigações, os crimes de agiotagem foram praticados desde o ano de 2012, por meio de postos de combustíveis em São Luís e no interior do estado.
Em 2021, o empresário foi condenado com mais 21 pessoas, por crimes contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Pacovan foi identificado como líder do grupo e foi sentenciado a dez anos, oito meses e 15 dias de prisão. Porém, ele estava em liberdade.
Por: Imirante