TAPECURU-MIRIM – Imagens de câmera de celular mostram uma confusão envolvendo policiais militares e os proprietários de um bar situado na região central de Itapecuru-Mirim, na madrugada de sábado (3). Uma jovem chegou a desmaiar quando estava sendo conduzida à força.
De acordo com a ocorrência policial, a ação se deu por conta de desacato, resistência, descumprimento de horário de funcionamento de bar e ameaças.
A jovem que aparece nas imagens sendo conduzida à força pelo policial foi identificada como Nathália Duailib, de 18 anos. Ao Imirante.com, ela relatou o caso na manhã deste domingo (4).
Nathália conta que era por volta de 0h30, de sexta para sábado, e o atendimento no bar já tinha sido encerrado. A mãe dela, a irmã, a prima e o padrasto estavam ajudando na limpeza e no caixa, quando chegou um policial “dizendo que já era ‘pra tá’ fechado”. Nathália respondeu que “só estavam terminando de limpar e de fechar, que só tinha uma porta aberta”. Foi então que o policial se aproximou e disse “estou mandando fechar agora”. A mãe de Nathália, Maria das Dores Duailib, interferiu, dizendo que só estavam fechando o caixa.
Nathália então começou a gravar com o celular porque não gostou da forma como o policial estava falando. “Ele disse que não era ‘pra’ gravar aquilo, senão ele ia me prender. Ele já entrou partindo em cima de mim, me agredindo, me jogando para fora, me apertando, apertando meu pescoço”, conta.
Ela relata ainda que pedia socorro para sua mãe e que estava se sentindo sufocada. “Ele ‘tava’ me sufocando muito porque a arma dele ‘tava’ pegando no meu pescoço e ele me chamando de ‘vagabunda’”, relata.
Nathália também afirma que o policial a atingiu com spray de pimenta e, em seguida, ela desmaiou.
Investigação
De acordo com o delegado regional de Itapecuru-Mirim, Samuel Morita, os policias militares costumam fazer vistoria nos bares e, segundo eles, o estabelecimento em questão já tinha passado do horário de funcionamento. Os PMs também alegaram que foram desacatados e tiveram que conduzir todos. Os policiais querem que os proprietários do bar respondam por desacato, injúria e crime contra a honra.
Os envolvidos que estavam no bar também cobram providências para tentar provar que o erro nesta ação foi da polícia.
A assessoria de Comunicação do governo do Estado, que é o responsável pela segurança pública, foi questionada pela reportagem sobre a investigação, mas não enviou uma resposta até o momento desta publicação.
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