Faltando poucos dias para completar um mês de paralisação parcial dos trabalhadores do transporte rodoviário, uma nova audiência de conciliação foi marcada para mais uma vez, tentar pôr um fim à greve que já se estende por 28 dias.
A audiência, segundo o desembargador Francisco José de Carvalho Neto, vai dar continuidade à conciliação no dissídio coletivo dos rodoviários e foi definida na última sexta-feira, em audiência presencial com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (STTREMA) Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís, Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte.
Na nova audiência que está marcada para a próxima sexta-feira, 18, no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão), o Tribunal quer que o município afirme de forma clara, qual a sua participação, em termos financeiros na solução do impasse.
Questionamos a Prefeitura sobre esse posicionamento e em nota, o executivo municipal respondeu, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) que “o município de São Luís tem buscado, desde o princípio, com estudos e ações, o melhor encaminhamento para solucionar a questão entre rodoviários e empresários”.
A greve dos rodoviários segue com funcionamento de 60% da frota de ônibus circulando na Grande Ilha. Os rodoviários exigem 15% de reajuste salarial; R$ 800 de ticket alimentação e manutenção do plano de saúde concedido aos trabalhadores.
“Até quarta-feira (16), seguiremos com a frota de ônibus reduzida, acatando determinação do TRT-MA, para que circule o mínimo de 60% dos coletivos. Depois da pressão do desembargador Carvalho Neto, que entende os prejuízos contabilizados pelo movimento grevista, estamos confiantes de que teremos uma resposta positiva, para as reivindicações dos trabalhadores. Esperamos que isso de fato, se concretize até quarta”, destaca Marcelo Brito, Presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.
O impasse nas negociações já dura desde o início do mês de fevereiro. O Sindicato dos Rodoviários iniciou o movimento grevista no dia 16 de fevereiro, depois de decisão em assembleia no dia 15.
No dia 10 de fevereiro, quando houve a primeira audiência no Ministério Público do Trabalho, os empresários fizeram proposta de reajuste salarial de 5%, mas mediante a demissão de todos os cobradores do sistema. Os rodoviários não aceitaram e aí foi iniciada a greve em 16 de fevereiro.
A paralisação afeta, diretamente, cerca de 800 mil passageiros que utilizam o sistema urbano e semiurbano da Ilha.
O Imparcial