São Luís vive a possibilidade de uma nova greve no sistema de transporte público da Região Metropolitana de São Luís. Na última quinta-feira (16) o Sindicato dos Rodoviários do Estado do Maranhão (STTREMA) divulgou comunicado informando que os rodoviários poderão cruzar os braços pela primeira vez em 2023.
Desta vez, o motivo para o movimento grevista seria o não cumprimento do acordofirmado com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) na última rodada de negociações.
À época os cobradores e motoristas também ameaçaram paralisar as atividades, mas suspenderam a greve prevista para acontecer em 16 de fevereiro, logo após o anúncio do aumento no valor das passagens.
“As empresas não estão cumprindo com o que estabelece na Convenção Coletiva de Trabalho, o que tem gerado transtornos e prejuízos aos trabalhadores”, diz o comunicado.
Impasse sobre subsídios
Marcelo Brito, presidente do STTREMA, disse que já se reuniu com o secretário da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), e recebeu a informação de que não existem débitos da Prefeitura de São Luís com os empresários.
Ainda segundo o comunicado publicado a rede social do STTREMA, os empresários alegam que não receberam os subsídios da Prefeitura e da MOB, o que teria ocasionado os atrasos nos pagamentos.
“Entretanto, isso não pode servir como justificativa para não cumprir com as obrigações trabalhistas”, acrescenta a nota oficial.
O sindicato afirma que se o pagamento dos trabalhadores não for efetuado, poderá haver uma nova paralisação geral do sistema de transporte, o que não acontece desde março de 2022, quando os trabalhadores pararam os serviços nos ônibus coletivos durante 44 dias.
“Mais uma vez, os empresários tentam usar os trabalhadores para prejudicar a população da Grande São Luís”, finalizou o sindicato.
Confira a íntegra da nota do STTREMA
O Sindicato dos Rodoviários do Estado do Maranhão vem a público comunicar a dificuldade enfrentada nas negociações com algumas empresas do sistema de transporte em relação ao pagamento da categoria rodoviária.
As empresas não estão cumprindo com o que estabelece na Convenção Coletiva de Trabalho, o que tem gerado transtornos e prejuízos aos trabalhadores. O presidente da entidade, Marcelo Brito, já se reuniu com o secretário da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), que informou não haver débitos com os empresários.
Por sua vez, os empresários alegam que não receberam os subsídios da prefeitura e da MOB, o que teria ocasionado os atrasos nos pagamentos. Entretanto, isso não pode servir como justificativa para não cumprir com as obrigações trabalhistas.
Caso não seja feito o pagamento dos trabalhadores, poderá ocorrer uma paralisação no sistema de transporte, mas uma vez os empresários tentam usar os trabalhadores para prejudicar a população da Grande Ilha.
Diante disso, o Sindicato dos Rodoviários do Estado do Maranhão espera que as empresas do sistema de transporte cumpram com as suas obrigações e paguem os salários dos trabalhadores, evitando prejuízos e transtornos à categoria e à população em geral.
Ascom- Sindicato dos Rodoviários do Maranhão