A Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES-MA) confirmou que o tripulante filipino internado em São Luís está com Covid-19. Ele segue em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital particular da capital. O nome do paciente não foi divulgado.
No entanto, até o momento não há confirmação da variante do coronavírus que infectou o filipino. Segundo a SES, a amostra do paciente segue para sequenciamento genômico.
O tripulante veio em um navio da África do Sul, o MV SAGITTARIUS, e deu entrada, no último sábado (22), na UTI de um hospital particular de São Luís com quadro suspeito de Covid-19. O translado do paciente até o hospital se deu por helicóptero.
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A embarcação está há 10 dias na área de fundeio e não atracou em São Luís. Além do filipino, outros 18 tripulantes estrangeiros seguem cumprindo as determinações da ANVISA quanto às medidas sanitárias no navio e apresentam bom estado de saúde, segundo a SES. Os tripulantes tiveram amostras coletadas para análise pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão.
O caso está sendo acompanhado pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) e Superintendência de Vigilância Sanitária (Suvisa), em cooperação com a Anvisa.
Variante Delta no Maranhão
Em maio de 2021, o Maranhão confirmou os primeiros casos da variante Delta do coronavírus (chamada de B.1.617 e encontrada inicialmente na Índia) no Brasil. Os seis casos dessa variante foram detectados em tripulantes do navio MV Shandong da Zhi, que saiu da Malásia e chegou ao litoral maranhense em 14 de maio.
Um dos infectados foi internado em um hospital particular da capital, São Luís e morreu 43 dias depois. Os outros estavam isolados dentro do navio, em alto mar, a cerca de cerca de 35 quilômetros da costa. Dois deles retornaram à embarcação depois de serem medicados em hospital.
No entanto, apesar destes seis casos, o governo do Maranhão diz que o vírus não chegou a se espalhar por meio deles e ainda não há transmissão local da variante Delta do coronavírus.
Em linhas gerais, tudo indica que esses “aprimoramentos” genéticos melhoram a capacidade de transmissão do vírus e permitem que ele consiga invadir nosso organismo com mais facilidade.
G1MA