Moradores de quatro bairros da capital denunciaram a falta de água e a falta de respeito com as famílias que necessitam do serviço básico para sobrevivência. Entre os bairros estão Vila Maranhão, Residencial Jomar Moraes, Residencial Ribeira e Vila Itamar. A denúncia já dura, no mínimo, quatro meses e nada mudou.
Para a funcionário pública Celia Nunes, é necessário uma bomba e chuva para conseguir garantir água para a família. “Se não fosse a bomba não teria água na minha casa. Ela chega quatro da manhã e antes das seis ela já falta”,
disse Célia.Além disso, a cozinheira Maria da Consolação tem mais dificuldade para garantir a água, já que está desempregada. “A dificuldade é grande para quem não tem emprego e não consegue comprar uma bomba. É necessário pagar e como iremos arrumar dinheiro para fazer isso todos os dias?”, questiona.
Um relatório do Sistema Nacional de Informações aponta que apenas 48,4% da população maranhense é atendida com abastecimento de água, enquanto somente um pouco mais de 11% possuem coleta de esgoto nas residências. Na capital, por exemplo, há pelo menos quatro meses vários bairros padecem sem uma única gota de água.
Em 2021, no mês de setembro, a TV Difusora mostrou que mais de 15 bairros, entre eles o Bom Jesus, estavam enfrentando a falta de água. Na época a concessionária informou que intensificou os trabalhos com o intuito de resolver o problema o mais rápido possível. Passado quatro meses, nada mudou.
O mesmo levantamento revelou um problema histórico. Entre os anos de 2005 e 2019, menos de 100 mil pessoas no estado passaram a ter acesso ao serviço de abastecimento de água tratada e 246 mil passaram a ter o serviço de coleta de esgoto.
Em nota, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que o Sistema Produtor e Distribuidor de Água opera normalmente nos bairros citados. Com relação ao problema no Residencial Vila Maranhão, a Caema esclarece que não opera o poço que abastece o Residencial.
Com informações Difusora ON