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Um “Lava Bois” adaptado em Ribamar

Tradicional festa de encerramento dos festejos juninos da Grande Ilha terá live, carreata e romaria no dia 4, na cidade balneária de São José de Ribamar

Não tivemos as tradicionais festas juninas no Maranhão, então não teria o porquê de ter encerramento de um período, certo? Errado. Não teve festejo nos moldes tradicionais, mas alguns grupos deram um jeito de levar a boiada para as ruas e para as telas. No primeiro caso em carreatas, ou romarias, como queiram chamar; no outro caso, em lives. E é das duas formas que vai se encerrar o período junino na cidade balneária de São José de Ribamar, neste dia 4, domingo, na 68ª edição do Lava Bois de São José de Ribamar.

O Bumba-meu-boi de Ribamar, o Pai da Malhada, atendeu a um clamor dos seus fãs, amigos e brincantes, e resolveu fazer uma carreata que sairá da sede do boi, no bairro do Outeiro, o “Arrastão Lava Bois”, com concentração às 9h, e encerramento no Parque Municipal do Folclore Therezinha Jansen, por volta de 16h.

O Boi de Ribamar, sotaque de matraca, assim como alguns outros grupos, realizou algumas apresentações particulares no mês de junho, no Arraial da Vacinação, e fez uma live do batizado do boi, dia 23, mas nada como um período normal de São João. “A gente está com São João diferenciado mais uma vez, mas estamos homenageando os 4 santos juninos, Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Não é como a gente queria, o boi de matraca precisa de pessoas, envolve multidão, ele não sai somente com índias e cantadores, o povo faz parte do boi também. Então a gente se sente incompleto”, disse Thaynara Correia.

Assim, mesmo se sentido incompleto, a diretoria do boi sentiu a necessidade de levar o boi para a rua, em forma de carreata, mantendo a tradição de fazer o Lava Boi, que este ano está na sua 68ª edição. “Os fãs do boi pediram isso. Ano passado não tivemos essa carreata para proteger nossos integrantes, nossos cantadores, o público. Este ano estão todos vacinados, então tomando as medidas de prevenção, a gente se sentiu mais confiante de fazer a carreata percorrendo a avenida principal, a igreja, finalizando na orla marítima”, disse Thaynara.

Assim, mesmo se sentido incompleto, a diretoria do boi sentiu a necessidade de levar o boi para a rua, em forma de carreata, mantendo a tradição de fazer o Lava Boi, que este ano está na sua 68ª edição. “Os fãs do boi pediram isso. Ano passado não tivemos essa carreata para proteger nossos integrantes, nossos cantadores, o público. Este ano estão todos vacinados, então tomando as medidas de prevenção, a gente se sentiu mais confiante de fazer a carreata percorrendo a avenida principal, a igreja, finalizando na orla marítima”, disse Thaynara.


O Boi de Ribamar é um dos diversos grupos de Bumba-meu-boi do Maranhão e pertence à Associação Folclórica Ribamarense de Bumba-meu-boi de Matraca, localizada na cidade de São José de Ribamar. A matraca é seu principal instrumento e suas cores são verde, amarelo, azul, branco e vermelho. 

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O grupo se apresenta tradicionalmente nos festejos juninos do Maranhão, que reúnem milhares de pessoas.

Romaria do Boi da Maioba com os maiobeiros

Se tivéssemos em período normal, sem pandemia, o domingo do Lava Bois seria encerrando com o Grande Encontro do Boi de Matracas. O Boi de Ribamar já fará a sua carreata, e o Boi da Maioba fará a sua Romaria, arrastando milhares de maiobeiros pela cidade de São José de Ribamar.

A romaria sai do Viva Maioba, às 9h, com destino a São José de Ribamar, passando por Mocajituba, São José dos Índios, Outeiro (São José de Ribamar), Cruzeiro, Avenida Goncalves Dias, Outeiro novamente, e Praça da Bíblia. “Venha conosco faça parte desta festa… Claro, seguindo as normas de segurança para nossa saúde. Eu no meu veículo, você no seu, e nós com o Boi da Maioba em romaria. Aí já sabe, alegria está formada”, convida a organização do Boi do Maioba.

Conta a  história

A versão contada por moradores mais antigos de São José de Ribamar revela que a festa teve início nos anos 1950. O evento surgiu de um ritual promovido por boieiros que foram até o município pagar uma promessa de São João. Os primeiros batalhões que chegaram à cidade foram os de orquestra a convite de brincadeiras locais, mas também com o objetivo de pagar promessas.

A concentração das brincadeiras acontecia em frente à Igreja Matriz. Segundo contam, os primeiros bois que participaram da festança foram os batalhões de Axixá, Rosário, Peri-Merim, Santa Rita e São José de Ribamar.

O evento começou a ganhar maiores proporções com as participações de representantes dos bois de matraca de São José dos Índios e Sítio do Apicum. Zé Camões, de  São José dos Índios, Luis da Navó, da Maioba, e Lucas, do Sítio do Apicum, começaram a convidar outras brincadeiras para participar da festa. 

Desde então, o evento ganhou grandes proporções e tornou-se essa grande manifestação cultural que acontece hoje em dia. O nome Lava Bois foi dado devido ao fato do evento encerrar oficialmente a temporada junina no estado, assim como o Lava Pratos que encerra o período carnavalesco.

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Venha conosco, faça parte desta festa… Claro, seguindo as normas de segurança para nossa saúde.

O Imparcial

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