O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, voltou a incendiar o debate público internacional após declarar que a dificuldade dos países latino-americanos em enfrentar o crime organizado não seria apenas incapacidade governamental — mas possível conivência institucional. As falas, que circularam amplamente nas redes sociais, mencionam diretamente o Brasil e reacenderam discussões sobre segurança pública no país.
Em seu discurso, Bukele questiona como facções criminosas conseguem dominar áreas inteiras mesmo em nações com estruturas robustas de Estado.
“As organizações criminosas do Brasil são muito maiores, mas o Estado também é muito mais forte. Como é possível que uma facção se aproprie de um território inteiro e o governo não consiga tirá-los de lá? Porque eles estão no governo”, disse, em declaração que gerou forte repercussão.
As afirmações do presidente salvadorenho surgem em meio a novos episódios de violência no Rio de Janeiro, que reacenderam críticas sobre a atuação do poder público em regiões dominadas por facções. Especialistas ponderam, porém, que as falas de Bukele têm caráter político e não trazem comprovação de suas acusações.
Bukele ganhou renome mundial ao promover uma política de segurança extremamente rígida em El Salvador, que derrubou os índices de homicídios e mudou a imagem do país no cenário internacional. Seus métodos, contudo, são alvo de críticas de organizações de direitos humanos por supostas violações de garantias individuais.
As declarações recentes ampliam o debate sobre o avanço das organizações criminosas no Brasil e o papel do Estado no enfrentamento dessas facções — um tema que deve seguir




































