Rodoviários que fazem parte do sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana de São Luís estão reunidos na manhã desta segunda-feira (25) em frente ao no Palácio da La Ravardière, sede da Prefeitura da capital maranhense.
A assembleia da categoria, que atualmente está realizando movimento grevista na Grande São Luís, aconteceu após o atual prefeito da capital, Eduardo Braide (Podemos), anunciar uma reunião, marcada para às 10h, para tentar por fim à greve dos rodoviários. A reunião vai contar com a participação do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) e Sindicato das Empresas de Transporte (SET).
Um dos pontos da reunião no Palácio da La Ravardière será a proposta de um auxílio emergencial para o setor. O cartão cidadão vai garantir passagem gratuita para pessoas que perderam o emprego durante a pandemia da Covid-19, além de contribuir para o sistema de transporte público, com injeção de recursos. O auxílio vai substituir o reajuste da tarifa de ônibus em São Luís e, com o recurso, será possível retornar com as atividades na capital.
Os rodoviários do transporte coletivo seguem para o quinto dia de greve na Grande São Luís nesta segunda-feira (25), após terminar sem acordo as duas audiências de conciliação, realizadas no último sábado (23).
O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) informou que haverá uma terceira audiência de mediação coletiva entre rodoviários e empresários do setor de transporte coletivo, nesta segunda-feira (25), às 15 horas, na sede do órgão ministerial trabalhista, no bairro Calhau, na capital.
Greve dos Rodoviários
Nesta mediação, além dos sindicatos de patrões e empregados e dos representantes do município de São Luís, está prevista a notificação da Agência Estadual de Mobilidade Urbana (MOB) e da Procuradoria Geral do Estado do Maranhão (PGE) para estarem presentes na audiência.
Os rodoviários reivindicam 13% de reajuste salarial, jornada de trabalho de seis horas, tíquete de alimentação no valor de R$ 800, manutenção do plano de saúde e a inclusão de um dependente e a concessão do auxílio-creche, para trabalhadores com filhos pequenos.
A paralisação dos rodoviários teve início na madrugada da última quinta-feira (21), com 100% da frota de ônibus sem circular na Grande São Luís. A categoria afirma que os donos das empresas não cumprem com uma Convenção Coletiva de Trabalho, que prevê uma série de direitos aos motoristas, por parte das empresas de transporte.