Segundo ele, existe a possibilidade de as Forças Armadas irem às ruas para “restabelecer todo o artigo 5º da Constituição [que estabelece o direito da livre locomoção no território nacional em tempo de paz]“.
“O que eu me preparo? Não vou entrar em detalhes. Essa política de lockdown, fique em casa, toque de recolher, isso é um absurdo. Se tivermos problema, nós temos o plano de como entrar em casa. Eu falo ‘o meu [Exército]’ o pessoal reclama, mas eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. Se precisar, iremos para as ruas, não para manter o povo dentro de casa, mas para restabelecer todo o artigo 5.º da Constituição”, afirmou o presidente, em entrevista à TV A Crítica, do Amazonas.
Ainda segundo o mandatário, medidas que promovem o distanciamento social extremo descumprem a Constituição e retiram as liberdades individuais do cidadão.
“Se eu decretar isso, vai ser cumprido esse decreto. As Forças Armadas podem ir para a rua sim, dentro das quatro linhas da Constituição, para fazer cumprir o artigo 5.º, direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa e de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por alguns governadores e alguns poucos prefeitos, mas trabalha toda a sociedade. É um poder excessivo que lamentavelmente o Supremo Tribunal Federal delegou”, afirmou.
Por fim, garantiu à população que se tal decisão for aplicada, não haverá nenhum tipo de excesso.
“Agora, eu não posso extrapolar. Isso que alguns querem, que extrapole. Estou junto com os 23 ministros, da Damares ao Braga Netto, praticamente conversado sobre isso daí: o que fazer se um caos generalizado se implantar no Brasil. Pela fome, pela maneira covarde que alguns querem impor essas medidas restritivas para o povo ficar dentro de casa. O caldo não entornou ano passado em função do auxílio emergencial”, completou.