A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) quer romper uma barreira histórica e chegar em 2025 à presidência da Casa, que nunca teve uma mulher no posto. Para isso, ela já tem buscado apoio da bancada feminina e uma união do partido em torno de seu nome para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Vai enfrentar colegas de peso.
Nunca uma mulher foi a presidente da Câmara Alta. Na atual composição, nenhuma mulher sequer foi indicada para a Mesa Diretora.
Eliziane começou a ganhar protagonismo em Brasília quando, mesmo não havendo sido indicado pelo seu partido, acabou conseguindo o direito de participar ativamente da CPI da Pandemia, em 2021, e ainda formando um grupo de mulheres para ter voz no colegiado.
Agora, a senadora é a relatora da CPI que investiga os atos de 8 de janeiro. Alvo de parlamentares da oposição, tem apontado atitudes machistas contra sua atuação, como no caso em que bateu boca em plenário com o deputado Marco Feliciano (PL-SP).
Eliziane pode enfrentar nomes de peso que também devem sair candidatos, como Davi Alcolumbre (União-AP), Renan Calheiros (MDB-AL) e Rogério Marinho (PL-RN), além de uma desvantagem numérica na Casa: há apenas 15 senadoras em um universo de 81 senadores. Para vencer a disputa, também teria de conseguir votos de homens.
Apesar disso, a maranhense já traçou algumas estratégias: a primeira é unificar o partido em torno de seu nome, já que há o desejo de o senador Angelo Coronel (PSD-BA) entrar na disputa. A bancada do PSD é a maior da Casa, com 15 senadores.
“O primeiro passo é trabalhar partidariamente. Não quero fazer uma candidatura de mim mesma. O primeiro passo é trabalhar dentro do meu partido”, declarou.