Quatro vezes Flamengo. De novo Flamengo. A noite em Lima entrou para a história com a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras e coroou o Rubro-Negro como o primeiro tetracampeão brasileiro da Libertadores, retomando o topo do continente após as glórias de 1981, 2019 e 2022.
E o título teve um protagonista que ninguém previa. Danilo, escalado às pressas na vaga de Léo Ortiz, foi o responsável pelo cabeceio decisivo aos 22 minutos do segundo tempo — um gol que o coloca ao lado de Zico e Gabigol como os únicos atletas da história rubro-negra a marcar em finais da Libertadores.
O zagueiro, que já havia feito gol em decisão continental pelo Santos em 2011, escreveu seu nome no maior palco do futebol sul-americano e deu ao Flamengo a tão desejada revanche sobre o Palmeiras, que havia vencido a final de 2021. A torcida rubro-negra, que espalhou cartazes com a frase “ninguém morre nos devendo”, saiu do Monumental em êxtase.
O triunfo também marca a consagração de Filipe Luís, agora campeão da Libertadores como técnico e jogador — um feito raro entre brasileiros. Ex-lateral dos títulos de 2019 e 2022, ele assume o posto de protagonista em uma nova era do clube.
Dentro de campo, o jogo foi quente, tenso e cheio de alternâncias. O Palmeiras, armado com linha de cinco, buscou bolas longas e tentou travar o quarteto criativo do Fla. O Rubro-Negro respondeu com triangulações rápidas e pressão constante, especialmente pelo lado direito. Houve reclamações, discussões, confusão no intervalo e um segundo tempo de trocação intensa até que o escanteio de Arrascaeta encontrou Danilo, livre, para cabecear o gol do título.
Depois disso, o Palmeiras foi ao “tudo ou nada”, mas parou na defesa flamenguista e na noite segura de Rossi. O Fla ainda carimbou a trave nos acréscimos e administrou a vantagem até o apito final.
A festa rubro-negra pode continuar já nesta quarta-feira: com cinco pontos de vantagem no Brasileirão e dois jogos por disputar, o Flamengo pode repetir o feito de 2019 e fechar a temporada com dobradinha histórica.
A América, novamente, fala em vermelho e preto. O Flamengo, soberano, levanta sua quarta Libertadores — e Lima ganha um novo herói improvável chamado Danilo.




































