O fim de semana foi violento no Maranhão com registro de 6 mortes no trânsito. Somente no domingo (dia 1º), três acidentes foram registrados nas estradas federais que cortam o Maranhão, sendo que em 2 deles, três pessoas morreram. Um dos acidentes ocorreu em Itinga do Maranhão, na tarde de domingo, por volta das cinco horas da tarde, no km 371 da BR-010/MA.
O acidente do tipo colisão frontal, entre um automóvel e uma motocicleta, resultou na morte de duas pessoas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, que ocupavam a motocicleta: o condutor, de 39 anos de idade, e a passageira, de 29 anos de idade.
Logo depois, às 18h41min, no km 48 da BR-402/MA, município de Morros, outro acidente, tipo colisão frontal, envolveu duas motocicletas. O condutor de uma delas, morador de São Luís, de 28 anos de idade, morreu no local.
No sábado, 30, três pessoas da mesma família morreram em um acidente no km 517 da BR-222, cidade de Buriticupu. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal, uma tentativa de ultrapassagem realizada por um automóvel provocou uma colisão frontal com uma carreta, que resultou na morte dos três ocupantes do veiculo de passeio.
Na sexta-feira, 29, o ciclista, atleta e médico Edson Soares, 54 anos foi a óbito depois de ser atropelado e arrastado por um automóvel enquanto treinava às 4h da manhã, na Avenida Litorânea. José Coelho de Oliveira, que ocupava o veículo foi preso preventivamente pela polícia civil, pela morte do ciclista, e está à disposição da justiça no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
Violência no trânsito é epidemia
De acordo com Lourival da Cunha Souza, fundador e presidente da organização SOS Vida pela Paz no Trânsito, a violência no trânsito no é uma pandemia no mundo e uma epidemia no Brasil, e como tal, precisa de remédio para ser solucionada. Pelo menos 1 milhão e 300 mil pessoas morrem anualmente no trânsito, segundo a Organização Mundial de Saúde.
No Maranhão, as mortes no trânsito chegam a 1.330 por ano, em média. Para Lourival, educação, fiscalização ampla e boa infraestutura na via resolveriam o problema. “Uma educação no trânsito que vai da pré-escola ao ensino superior, um ensino de forma transversal, com professor capacitado para abordar o tema trânsito, é um trabalho que precisa ser feito. Uma fiscalização ampla e rigorosa em todos os municípios é necessário que se faça, e não apenas em algumas cidades. O terceiro ponto é infraestrutura. Quantas vidas não foram salvas com a duplicação da BR 135, no trecho 18 km, do Km 24 ao 42, no Campo de Perizes? Desde que houve a duplicação houve duas ou três mortes e por capotamento, nenhuma por colisão frontal, porque ocorreu ali, uma obra de infraestrutura muito boa, com a duplicação, acostamento, sinalização, bom traçado das vias… O somatório desses três pontos vai fazer cair vertiginosamente o número de mortes no estado”, aponta Lourival.
De acordo com o Detran, de janeiro a maio deste ano ocorreram 63 acidentes com 14 mortes de ciclistas no estado. Quanto aos acidentes nas estradas do Maranhão, de acordo com a PRF, de janeiro até 10 de setembro de 2023, 158 óbitos foram registrados nas rodovias federais do Maranhão.